Página inicial

Google retira link com mensagem contra PL das Fake News

Mudança ocorre após medida cautelar ser imposta pela Senacom

Empresa retirou mensagem após medida cautelar
Empresa retirou mensagem após medida cautelar |  Foto: Reprodução
 

Após divulgar a medida cautelar determinada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom), a empresa Google agiu rápido e retirou o aviso contra o PL das Fake News da sua página inicial do buscador. 

Nesta segunda-feira (1º), ao entrar no buscador do Google, era possível enxergar uma mensagem que informava que o projeto de lei poderia “aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira”.

Leia+: Dino quer apuração sobre campanha do Google contra PL das Fake News

Além dos pedidos voltados para à página inicial, a Senacom impõe que a empresa passe a informar seus consumidores sobre os conflitos de interesses da empresa em relação às informações sobre o PL das Fake News. Além disso, será preciso informar sobre qualquer interferência nas buscas referente ao assunto.

O Google também será obrigado a não censurar posições divergentes da que é defendida pela empresa e nem privilegiar posições convergentes.

“Em virtude do caráter da publicidade enganosa e abusiva praticada, ante a proximidade da data da votação da proposição legislativa, impondo extrema dificuldade à recomposição da harmonia e neutralidade das redes o descumprimento da medida cautelar importará na incidência de multa de R$ 1.000.000,00 (hum milhão de reais) POR HORA, a partir da notificação da presente medida”, diz o documento.

De acordo com o ministro da Justiça, a empresa Google não pode publicar um "editorial" por se definir como uma plataforma de tecnologia. Portanto, o aviso contra o Projeto de Lei (PL) em questão deve ser considerado publicidade e, portanto, precisa de sinalização. 

A Senacom decidiu que se trata de uma propaganda abusiva, que exige contra-propaganda. Assim, a empresa deve veicular um aviso a favor do PL para que o consumidor tenha acesso ao "outro lado". 

“Nosso objetivo é proteger os consumidores e combater a censura privada”, disse Dino na coletiva.

O ministro afirmou que o debate sobre o PL das Fake News na Câmara dos Deputados está seguindo seu curso normal.“até que nesse final de semana houve uma profusão de estudos mostrando uma tentativa de censurar o debate, por intermédio de atuações atípicas de empresas que têm interesses próprios e econômicos”.

“Há uma tentativa de inverter os termos do debate, como se nós estivéssemos tentando censurar, mas estamos vendo uma censura privada”, acrescentou Dino.

< Colisão entre moto e bicicleta deixa dois feridos em São Gonçalo 'Queria casar', diz mãe do homem morto na porta de casa em Ramos <